terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mulheres Lutadoras

Mulheres
Unidas
Lutadoras
Heroicas
Eternas
Revolucionarias
Exigem
Socialismo

Em todas as épocas as mulheres sempre foram bravas guerreiras lutando contra as adversidades da vida.
Quando passa a existir a propriedade privada, elas passam a lutar também contra a opressão e a exploração que se instala na sociedade.
Na segunda metade da Idade Média e no início da Idade Moderna, com o predomínio da Igreja Católica começando a ser questionado, as mulheres que já eram consideradas seres inferiores, passam também a serem consideradas seres demoníacos e são perseguidas e queimadas na fogueira ou mortas das maneiras mais crueis para que servissem de exemplo ao conjunto da população para que ela continuasse submissa as ordens da Igreja e da Nobreza. No caso da Nobreza, esta se valia de sua aliança com a Igreja para não sofrer as punições que esta impunha à sociedade. E foram as mulheres pobres e trabalhadoras quem mais sofreram.
Daremos aqui alguns exemplos de mulheres que foram punidas por “desobedecerem” as “normas” da Igreja:
Joan Peterson, veterinária, enforcada em 1652;
Isobel Insch Taylor, conhecedora de ervas, queimada viva em 1645;
Maria Walburga Rung, julgada numa corte civil de Mannheim, por ser bruxa, libertada por ser considerada “só uma prostituta”. Ao ser presa novamente, foi julgada novamente pela corte episcopal e torturada até confessar. Depois foi queimada viva em 1773, aos 22 anos de idade;
Irmã Maria Renata Sanger, vice-provincial de um convento em Unter-Zell, acusada de ser lésbica; o documento que certifica a tortura dela leva o escudo dos jesuítas e as palavras em latim “Ad majorem Del glorian”, ou seja “A glória de Deus”;
Verônica Zerritsch, obrigada a dançar nas cinzas mornas da mãe, que havia sido executada; depois ela mesma foi queimada viva em 1754, aos 13 anos.
E não era somente a Igreja que se aproveitava da opressão e da exploração das mulheres para se manter no domínio, a Nobreza também tinha suas “regras” para se aproveitar das servas. Uma delas era que quando uma serva se casasse, a primeira noite depois do casamento deveria ser com o nobre para quem ela e seu marido trabalhavam! E sendo neste período da história que as cidades eram muito pequenas e as pessoas viviam nos feudos, não tinha como escapar destes “costumes e regras”.
Ao final da Idade Moderna e início da Idade Contemporânea, começa a surgir o embrião do que viria a ser o capitalismo e mais uma vez as mulheres pobres são as prejudicadas.
Quando a manufatura passa a ser indústria, o capitalista percebe que a mão-de-obra feminina é mais barata, além de ser mais fácil exercer o domínio sobre as mulheres. Isto não quer dizer que as mulheres aceitavam tudo caladas. Sempre houve luta e denuncia dos agressores, desde a antiguidade até nossos dias. E é esta coragem de denunciar e lutar contra os agressores, opressores e exploradores que faz a diferença entre as feministas burguesas e as feministas trabalhadoras.
Nós lutamos e denunciamos o sistema que nos oprime, agride e explora e lutamos também para que uma nova ordem se estabeleça em todo o planeta, onde mulheres e homens não tenham apenas os mesmos direitos numa óptica puramente sexista, mas enquanto seres humanos e temos a convicção que isto só se dará plenamente no socialismo e é esta a grande batalha de nossas vidas.
Lutar pelo socialismo pode parecer a primeira vista uma utopia, mas quando olhamos a nossa volta e vemos miséria, fome, doenças e agora uma grande crise econômica mundial que tende a se aprofundar mais no próximo período ao contrário do que dizem os “líderes” mundiais, incluindo aí o presidente Lula, percebemos que o sistema capitalista e hoje o imperialismo são incapazes de oferecer a todos os povos uma vida digna e plena, onde as pessoas possam desenvolver totalmente sua capacidade intelectual, criativa e de trabalho. Por esta razão é que afirmamos que utopia é esperar que “as coisas melhorem” dentro deste sistema que divide a sociedade por classes além de especificidades que são inerentes aos seres humanos como sexo, cor, religião, etc..
Mulheres em Luta chama você, mulher ou homem trabalhador de toda e qualquer orientação sexual, raça ou religião para se juntar a nós nesta grande luta.

Eliana Penha – Movimento Mulheres em Luta.

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